quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Doom!

Andam dizendo por aí que o modelo econômico ocidental (europeu e americano), baseado no gasto, no rentismo e na dívida de consumidores, governos e de um sistema financeiro altamente alavancado acabou.

Há trilhões de dólares correndo o mundo de um lado para o outro, criando pânico em busca de "portos seguros" e/ou de mais sangue/lucro. Bancos endividados, salvos por governos que assumem suas dívidas, movidos por lobby, e com o discurso terrível de acalmar mercados e restabelecer a confiança do mercado em suas dívidas. E quem é que salva os governos? Novamente os bancos? Os fundos? O sacrifício do povo? No mínimo paradoxal.

Se há realmente democracia, um mínimo dela, o sistema financeira deveria ser domesticado, para não dizer parcialmente estatizado.

Okay. Mas voltando ao ponto pelo qual vim aqui: dizem que o modelo acabou. E dizem também que a "vez" dos países emergentes. A saber, o dólar, o euro, o iene se dissolvem parcialmente e entram cena a dívida, digo, a moeda dos emergentes, principalmente, o renminbi, o rublo, a rúpia e, oras!, o real.

Mas, se Europa e EUA vão ter que pagar suas dívidas com anos de estagnação e empobrecimento, ou no máximo manter um certo nível, aceitando a moeda dos emergentes, por que razão estes últimos deveriam seguir um modelo que... acabou? Um dia nós, outro vocês.

Não acredito que o acabou foi um modelo econômico, até porque a Terra não suportaria uma China que, no pior sentido da palavra, consome e paga em renminbi. O modelo que morre - e que vai ter que morrer - para que nós não destruamos o planeta ou nos destruamos numa guerra, é o da alta lucratividade, da alta produtividade e do consumo desenfreado.

Por hora, eu estou feliz por ter dinheiro para me comunicar, para estudar e para comer.

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