Após as mal-acabadas negociações entre democratas e o Tea Party para tentar dar fim ao impasse de mais um capítulo das dívidas dos países desenvolvidos, vimos na sexta-feira passada à noite, a S&P baixar a nota da dívida soberana americana de AAA para AA+, pelo primeira vez.
Mas ao que parece - um trago no cigarro e um gole de café - não é só a danação da S&P que está causando estragos nos mercados financeiros mundiais. Ao falar sobre os efeitos da crise ainda não desenhada que, cedo ou tarde, chegará ao Brasil, o presidente do Senado, José Sarney, puxou a orelha dos congressistas norte-americanos:
"No momento de uma luta política visivelmente destinada já com olhos nas eleições do ano que vem, eles ofereceram ao mundo esse vergonhoso exemplo de que os partidos políticos sacrificam o país e não para que eles se dilacerem na luta política. Foi um exemplo nada construtivo e eles estão pagando caro por isso."
Acrescentou ainda sobre o Brasil:
"Em todos os momentos de dificuldades do país, temos encontrado um terreno comum no qual protegemos os interesses do país e abandonamos essa luta dilacerante de partidos. Assim foi na Independência, assim foi na República, assim foi em 1930 e assim foi em 1985."
É verdade, como diria Sabrina Sato. E, pelo tanto que quem vos escreve ficou tenso, haverá sangue nas bolsas ao redor do mundo.
* A tradução Eurozona, do inglês, soa mais adequado ao conjunto de países e órgão a que nos referimos. Zona do Euro perde um pouco do sentido atual que se deve dar à expressão.
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